Plunct plact zum ...

 

 

Político pensa em política 24 por 7, isto é, 24 horas por dia, sete dias da semana. E, nesse processo, a eleição é a cereja do bolo. Mas até chegar lá tem que escolher a receita, comprar os ingredientes, misturar a massa, pré-aquecer o forno, uma infinidade de detalhes. Estamos agora nessa fase, de definir que receita de bolo vamos ter nas eleições municipais de 2024.

 

Em política, é a fase de definir cenários. E as possiblidades são imensas ...

 

Uma coisa é certa: o prefeito Anderson Farias é candidato pelo PSD. Contra ele, aí a coisa pega. Num cenário cor de rosa para Anderson, ele entra na disputa como favorito, escorado na imagem do governo, no peso da máquina pública e, claro, em seu “padrinho” político, Felício Ramuth. Mas, já disse, nem tudo são flores. O cenário muda como nuvem e Anderson pode enfrentar chuvas e trovoadas. Hoje, o ex-deputado Eduard Cury não é candidato, mas a pressão é grande para que ele mude de ideia. Afinal, perder a Prefeitura de São José dos Campos, do jeito que perdeu, ainda é uma derrota atravessada na garganta dos tucanos. Aí complica. Tem mais: veja só  a federação que pode unir PSDB e Podemos a nível nacional. Isso cria em São José dos Campos uma “frente ampla”, com dois potenciais candidatos: Cury e Doutor Élton, recém empossado deputado estadual, mas que só pensa naquilo. Aliás, se a federação não der certo, teríamos Cury e Élton na briga, disputando votos na mesma fatia de Anderson. Tem como complicar mais? Tem, claro que tem. O Republicanos faz pressão para que o deputado federal Milton Vieira concorra a prefeito, tendo como base a Igreja Universal. De quebra, o PT, que parece adormecido na cidade, pode ganhar um sopro de vida caso Lula engrena na Presidência e vir, de novo, com Wágner Balieiro –que, até agora, tem resistido à pressão do partido e prefere disputar uma vaga quase garantida na Câmara. Já pensou numa eleição com tantos  peso-pesados? Seria briga de cachorro grande. E, nesse cenário anabolizado, o favoritismo de Anderson Farias diminui. Fora que tem mais gente de olho, na surdina, namorando, podendo sair ou não candidato.  Como vamos chegar em 2024? Isso ainda é uma incógnita.

 

Política é assim: a gente fala, fala, e no final, pode acabar como naquela música do Raul Seixas”, plunct, plact zum, não vai a lugar nenhum ... 

  

 

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