No tic-tac das horas ...

 

O relógio não para, já dizia o locutor esportivo. Pois é, não para mesmo ...

 

No ritmo acelerado das horas, o governo Lula corre para apresentar um relatório dos 100 primeiros dias de gestão. Deve sair em abril. No dia seguinte, a oposição divulga o seu relatório. De comum entre os dois, só o tema. O relatório da oposição está sendo feito por um pessoa bem conhecida pela gente –o ex-deputado Eduardo Cury, convidado pelo senador Rogério Marinho para coordenar o Gabinete Paralelo, criado pela bancada de oposição no Senado para fiscalizar o governo Lula. Conversei com Eduardo Cury sobre isso rapidamente no sábado passado, após a “aulinha” do ex-prefeito Emanuel Fernandes na Praça do Sol. Cury tem uma visão bastante crítica do governo Lula. Número excessivo de ministério, falta de rumo na economia, Lula olhando pelo retrovisor, com foco fixo no governo Bolsonaro, quase sempre agressivo em suas declarações. Esses são alguns exemplos. É importante ter os dois relatórios –o oficial, cor de rosa, e o da oposição, crítico. Mais que o efeito “sal de frutas” que eles terão, fazendo borbulhar, mais ainda, o já apimentado caldo político nacional, os dois relatórios, antagônicos, vão servir para que o brasileiro mais atento forme a sua opinião sobre os rumos que o país está tomando no terceiro governo Lula. Tudo são flores? Longe disso. A vaca está indo para o brejo? Ainda não, mas, se bobear, pode ir. Agora, falando sério, política não é o que dizem os relatórios de Brasília, sejam eles cor de rosa ou não. Política é o que a gente vê e sente no dia-a-dia, nas ruas, no bolso, na vida real. Essa regra vale para todas as esferas –a federal, onde Eduardo Cury voltou a atuar recentemente; a estadual, onde está Felício Ramuth, governador em exercício esta semana, na ausência de Tarcísio de Freitas; e a municipal. Aliás, o município é a base. O governador Franco Montoro já dizia: as pessoas não vivem na União ou no Estado, as pessoas vivem no município. Aliás, a pólis, a cidade, está na raiz da palavra “política”. A política nasceu na pólis, nas cidades. Mas essa, a política da cidade, a política de São José dos Campos, merece uma reflexão mais profunda. A gente fala sobre isso na próxima semana.

 

Até lá, no tic-tac das horas, tudo pode mudar ...

 

Comentário feito originalmente na CBN Vale


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