Tudo junto e misturado 2

 


Fim do segredo: sem mandato, o ex-deputado Eduardo Cury (PSDB) vai trabalhar no Senado Federal, coordenando o chamado “Gabinete Paralelo”, que está sendo montado pela oposição para fiscalizar o governo Lula. O convite foi feito pelo senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição, ex-ministro de Bolsonaro e candidato derrotado à presidência do Senado.

 

É coerente com o que Cury vem defendendo em entrevistas, quase sempre com tons críticos a Lula e ao PT.

 

Curioso é que esse enredo bate de frente em bandeiras que parte da bancada  do PSDB vem levantando na Câmara de São José dos Campos, se aliando ao PT e a outros vereadores de oposição, e votando contra projetos do governo Anderson Farias (PSD). Isso revela um “racha conceitual” da bancada tucana. Dulce Rita e Doutor José Cláudio tem atuado como oposição;  Roberto do Eleven e Renato Santiago têm integrando a base do governo. Um caso que evidencia o “racha” é a posição da bancada frente ao projeto de Revitalização do Mercado Municipal. Isso ganha uma “pimentinha” a mais quando a gente lembra que o projeto do Mercadão está sendo tocado por Alexandre Blanco, assessor especial de Anderson e membro do diretório municipal do PSDB. É o “samba” do tucano doido. Tucano contra tucano. Pode isso, Arnaldo? Conversei com o presidente municipal do PSDB, José de Mello Corrêa, e ele foi diplomático: o PSDB vai apoiar bons projetos e vai fazer oposição a projetos ruins. E se queixou de um comentário em que classifiquei a “práxis” do PSDB de “oposição moderada”. “Oposição moderada é igual o cara que tem os pés na geladeira e a cabeça no forno. A temperatura média é boa, mas o cara já pode ter morrido”, disse. Fica o registro. Nesse cipoal tucano, criado a partir da debandada de Felício Ramuth e companhia, dois fatores ainda devem considerados. Primeiro, Anderson já tentou conversou com o PSDB e me disse, em conversa recente, que, em política, ou se caminha junto ou se caminha separado. Segundo ele, há espaço para caminhar junto. Segundo: em âmbito nacional, PSDB e Podemos negociam uma “federação”, que pode gerar uma mega frente partidária. Em São José, isso colocaria, no mesmo barco, Cury, Mello, Doutor Élton (que acaba de tomar posso como deputado), entre outros. Como administrar esse imbróglio?

 

Tudo isso soma indica que as eleições de 2024 nos reservam surpresas, de hoje ao “Dia D”. Melhor que novela das 8, muito melhor que série da Netflix ...   

 

Este comentário foi feito originalmente na CBN Vale

 


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