A era dos correspondentes

 


 

Outro dia escrevi um texto sobre o jornalismo na região no tempo do guaraná com rolha, isto é, décadas e décadas atrás.

 

Antes das emissoras de TV chegaram ao Vale do Paraíba e muito antes das redes sociais, o topo do cadeia alimentar do jornalismo regional era ocupado pelos  correspondentes dos grandes jornais, que levavam as notícias daqui para todo o país e para o mundo. Eles eram os “caras”. Vou tentar alinhavar alguns nomes dessa época, sob risco de esquecer alguém, citando gente de diferentes épocas, mas quase todas atuantes entre os anos 70, 80 e 90. Os “topzeiras” do jornalismo da região eram: Flávio Nery (o maior de todos), Júlio Otoboni e Chico Pereira, pelo “Estadão”, além de  Priscila Siqueira, que fazia o “Estadão” no Litoral Norte; Antônio Augusto de Oliveira, pelo “Jornal do Brasil” (depois, Guga chefiou a Assessoria de Imprensa da Embraer, onde fez um grande trabalho); Eustáquio de Freitas, pelo “O Globo”; Dalton Moreira, Ricardo Júlio, eu e Sheila Faria, pela “Folha” (depois, Sheila e eu integramos a equipe do caderno regional da “Folha”, a “Folha Vale”, mas isso é outra história); Wagner Matheus, pelo “Diário Popular”. O “Estadão” ainda tinha Amado Neto como repórter-fotográfico. E, antes desse povo todo, vale a pena citar dois caras pioneiros: Judas Tadeu de Campos e Stipp Júnior, do “Estadão”. Corajoso, Stipp foi o primeiro jornalista a chegar a Caraguatatuba para retratar a tragédia das chuvas de 1967, a maior já registrada no Litoral Norte, com 500 mortos. Com a cidade totalmente isolada, Stipp usou um barco a remo para conseguir chegar a Caraguá.

 

Pelo arrojo, Stipp foi, durante anos, uma lenda no jornalismo regional.


PS: No texto original deixei de citar dois nomes, que cito neste "post scriptum". Um deles é de Nelson Del Pino, correspondente temporão. Outra é de Maria Darc Silva, a "caçulinha" do time, chamada, por isso, de "babyssaura" pelo jornalista Luiz Carlos Teixeira. Fica o registro   

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