O homem da camisa 10

 

Dois "10": Rivelino e Pelé

Sofri muito com Pelé ...


Corintiano desde criancinha, sofri muito ao ver meu time enfrentar o Santos de Pelé. Ah, como Pelé gostava de vencer a gente. E de fazer gol. Logo na gente? Mas  Pelé também me deu muita alegria. E não só na seleção. Pelé me ensinou a gostar de futebol, a me encantar com gols, muitos gols, dribles, passes, chutes de efeito, defesas extraordinárias. A esperar o improvável. A rir do beque no chão. Sofri com Pelé, mas também fiquei alegre com ele. Mais feliz, mais brasileiro, mais criança. Quando o Rei fez o gol 1.000, Carlos Drummond de Andrade, nosso Pelé da poesia, escreveu que o difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé; é fazer um gol como Pelé. Pois é, menino corintiano, fã de Rivelino, era Pelé que eu imitava nas “peladas” em Cruzeiro. Meu sonho? Fazer um gol de Pelé. Hoje, dizem, Pelé morreu. Morreu nada. Morreu o Édson. Pelé? Esse não morre,  jamais. E para homenagear o Rei, ousou brincar com o hino do meu time do coração e dizer, como em oração: salve Pelé, campeão dos campeões, eternamente dentro dos nossos corações ...


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