A pergunta de 1 milhão

 

 

N
este início de ano existe na política de São José dos Campos uma pergunta de 1 milhão de dólares: qual o destino de Eduardo Cury depois dele deixar o mandato de deputado federal no dia 2 de fevereiro? 

Cury teve 92 mil votos, mais que em 2018, mas foi vítima, no plano nacional, do “enxugamento” do PSDB, que previa fazer de 10 deputados, mas fez apenas 3. Cury foi o quarto mais votado. Como suplente, ele pode esperar 2024, para, quem sabe, assumir uma vaga na Câmara Federal, caso algum deputado da bancada seja eleito prefeito. É um raciocínio simplista, mas possível. Outra hipótese: ser convidado a ocupar um cargo público, graças à sua experiência como secretário, prefeito e deputado. Bom também. E, tem a hipótese que mais causa frisson: Cury pode tentar voltar à Prefeitura de São José dos Campos, enfrentando antigos aliados –o prefeito atual, Anderson Farias, e Felício Ramuth, vice-governador, responsável pela manobra que esfacelou o PSDB na cidade, com sua ida para o PSD, de Gilberto Kassab.

Fiel ao seu estilo, Cury analisa os cenários possíveis com muita cautela.

Mas Cury deu uma pista sobre seu futuro em entrevista à Record TV no final de dezembro, quando disse que ele e Emanuel Fernandes (figura mítica do tucanato em São José dos Campos) vão se dedicar, em 2023, a incentivar o surgimento de novas lideranças políticas na cidade e na região. Na prática, o que isso quer dizer? Hipóteses surgem aqui e ali. E algumas tiram o sossego de alguns. De certo, as urnas de 2022 consolidaram novos nomes, como Doutor Élton e Letícia Aguiar, que terão, com certeza, influência nas eleições de 2024 na cidade. Tudo isso, somado, mostra que 2024 promete ser quente, como deve ser quente o caminho até lá. Voltando a Cury, seu futuro político passa também pelo futuro do PSDB como partido, o que ainda é incerto. Dito tudo isso, qualquer que seja o caminho que Cury escolha seguir, boa sorte. Como diz Emanuel Fernandes, citando Guimarães Rosa, o sapo não pula por boniteza, mas porém por precisão. Isto é, por necessidade. 
 
Nestes tempos de turbulência, Cury fará falta, aqui ou em Brasília, com seu jeito de fazer política de forma focada e construtiva. Boas lideranças não podem ficar fora do jogo.

Segue o baile ...

Comentário feito originalmente na CBN Vale

 

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