A batata quente da "cracolândia"

 


Saiu do forno esta semana uma das “batatas quentes” que o governador Tarcísio de Freitas colocou nas mãos de Felício Ramuth: acabar com a “cracolândia” ...


O
plano que une Estado e Prefeitura de São Paulo foi detalhado na última terça-feira à noite por Tarcísio e pelo prefeito Ricardo Nunes. Coordenado por Felício, ele tem quatro pontos básicos: abordagem de usuários por meio de profissionais especializados; cuidados no tratamento da dependência química; integração; e oferta de serviços públicos com atualização do cadastro único. De imediato serão abertas 1.000 novas vagas em comunidades terapêuticas, contratados 200 profissionais especializados em dependência química e abertos 264 leitos para desintoxicação. 

Mas o plano vai além. 

Terá ações na área da Justiça Terapêutica, aluguel social de R$ 1.200 para até 5.000 famílias já atendidas em abrigos e hotéis,  e a instalação de  500 câmeras inteligentes no centro da capital, para tentar coibir o tráfico de drogas (é o nosso CSI fazendo escola). É um desafio. E, mal foi anunciado, já recebeu críticas. O centro da divergência é a ideia de internação compulsória de dependentes químicos, admitida por Tarcísio. A estratégia é considerada ineficaz pelo padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, e pela Promotoria de Direitos Humanos. Não vai ser fácil. 

É interessante a gente acompanhar tudo isso. 

Afinal, “cracolândia” não existe só no centro de São Paulo. Uma ideia que dê certo lá pode ser replicada em outros lugares, como em São José dos Campos, por exemplo, onde pontos de consumo de crack estão espalhados em diversas regiões. É um problema grave. Para constatar isso basta dar um passeio por algumas ruas do centro de São José aos domingos. É chocante. Por isso, sucesso na ofensiva de São Paulo contra a “cracolândia”. E sucesso a Felício, que tem nas mãos, como já disse, uma “batata quente”.

Comentário político feito na CBN Vale na quinta-feira, 26 de janeiro 


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