Entre mortos e feridos ...

Candidatos na Band, foto de Francielle Almeida

 

É, pois é ...

A campanha eleitoral de Taubaté está sendo disputada sob alta tensão, mas o debate da Rede Band Vale foi morno. 220? Sem chance. Foi, no máximo, a 110.

Enquanto nas ruas e nas redes sociais, o embate é travado com gana, sangue nos olhos, troca de farpas e uma enxurrada de fake news e ataques abaixo da linha da cintura, o debate de quarta-feira à noite foi bem comportado, com poucos confrontos. Culpa das regras? Talvez. Receio dos candidatos de perder pontos? Com certeza. Feitas as contas, noves fora, o debate, mediado pelo jornalista Cláudio Nicolini e sempre necessário, não serviu para destravar a campanha eleitoral em Taubaté, que promete ser bastante disputada até o Dia D, 15 de novembro, com uma certeza: a disputa vai mesmo para o segundo turno. Loreny Caetano (Cidadania) e Salvador Khuriyeh (PT), com maior experiência política, foram bem. José Saud (MDB) não se complicou, mas, do lado de cá da telinha, parecia um pouco cansado. Impressão? Sei lá. Eduardo Cursino (PSDB) foi o alvo preferido dos adversários (o que é natural, afinal ele é o candidato governista, é vidraça) e abusou do sorriso, estampado no rosto mesmo ao tratar de temas sérios. Fabiano Vanone (Podemos), Chico Oiring (PSC), Professor Ronaldo (PSOL) e Fernando Borges (PCdoB) tiveram altos e baixos. Não houve nocaute, nem vitória por pontos. Loreny tentou, ao perguntar a Eduardo Cursino sobre a licença-prêmio concedida à secretária de Finanças, Odila Sanches, madrasta do prefeito Ortiz Junior (PSDB), um tema incômodo. Conseguiu material para ser usado nas redes sociais. No mais, uma curiosidade: para um candidato novo, cujo sucesso nas urnas está ligado diretamente à imagem de Ortiz Junior, Cursino citou seu principal cabo eleitoral menos do que esperado. Falou algumas vezes de forma indireta; citou de forma direta uma vez, falando em “Junior”. No final de tudo, entre mortos e feridos, salvaram-se todos, inclusive os candidatos ausentes –Capitão Souza (PRTB) e Dodô (PTC), cujos partidos não tem representação na Câmara Federal e estão excluídos do tempo e da presença obrigatório no rádio e na TV.

A expectativa fica a reta final da campanha (faltam 10 dias) e para o debate da TV Câmara. Até lá, segue o baile ...


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