Efeito Pollyana

 


Marketing eleitoral é a arte de transformar limão em limonada ...

Exagero? Claro que não. Basta ver as peças criadas pelas equipes de diversos candidatos a prefeito de São José dos Campos para explorar o resultado dos levantamentos Ibope e Paraná Pesquisas. As duas pesquisas apontam Felício Ramuth (PSDB) isolado na ponta, com 48% das intenções de voto, índice superior à soma de todos os outros postulantes ao cargo. Mas, jogar a toalha? Nunca. Tão logo a pesquisas Ibope saiu, showtime: a mágica do marketing entrou em campo. Eliane Nikoluk (PL) saiu pela rejeição baixa da candidatura, 7%, a menor entre os principais candidatos. Anderson Senna (PSL), com 5% no Ibope, comparou números para dizer que ele havia registrado a maior subida, uma verdadeira arrancada para a vitória. E por aí foi, com raras exceções. Nenhuma das peças continha mentiras (leves ou cabeludas) ou informações erradas. Mostravam um corte da realidade, um corte preciso, feito para favorecer o candidato, mesmo em um canário pra lá de adverso. Faz parte. É a aplicação política do Efeito Pollyana, inspirado na personagem literária inventado por Eleanor H. Porter, que sempre achava um jeito de encarar as adversidades da vida por um lado bom. Nos livros, Pollyana criou o “Jogo do Contente”, no qual buscava encontrar lições e visões positivas em tudo de errado que acontecia em sua vida. Na prática, os marqueteiros apostaram no Efeito Pollyana para manter a cabeça fora d’água, manter o barco no rumo do porto e evitar o naufrágio. Afinal, até o Dia D, 15 de novembro, muita água ainda vai passar por debaixo da ponte. Desesperar? Jamais. Limão? O jeito é fazer limonada. 

Segue o baile ...


Comentários

Postagens mais visitadas