Nem gregos, nem troianos
Óleo em praia do Nordeste |
Que Bouboulina que nada ...
Acionado pelo comitê de de crise do governo federal para estudar as manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) praticamente descarta o envolvimento do petroleiro grego com o caso. Análises de imagens de satélite, de dados sobre movimento das marés e análises do óleo levam os técnicos do Inpe a descartar até agora a ligação entre o Bouboulina e o desastre ambiental. Relatório com essa conclusão será enviado para a Marinha, responsável pela operação.
Descartado o petroleiro, fica a pergunta: de onde veio o óleo.
Para responder a isso, o Inpe está fazendo uma levantamento do rastro deixado pelo óleo, observando sua movimentação de forma reversa, como em um filme exibido ao contrário, de frente para trás. Esse estudo descarta o Bouboulina e abre outras possibilidades para a origem do óleo. Uma delas seria um petroleiro naufragado, que teria tido o casco
perfurado por acidente ou corrosão, deixando escapar seu conteúdo ao longo do tempo. Isso explicaria a forma do óleo encontrado no mar e nas praias --um óleo que está em textura plástica pela ação do tempo e que chega ao litoral em placas ou pedaços. Outra conclusão: existe a possibilidade de ter muito mais óleo em suspensão no oceano.
Em todo caso, as análises do Inpe também servem para sepultar diversas teorias mirabolantes levantadas pelo governo federal desde o início do caso. Sabotagem, entre elas.
Segue o baile ...
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