Os números em São José

Aposta na Política


O levantamento divulgado no final de semana pelo jornal “O Vale”, em parceria com o instituto Paraná Pesquisas, merece algumas considerações, sem entrar no mérito de quem aparece à frente de quem.

Vou fazer minhas considerações em posts sucessivos. Então, paciência.

Antes de começar, acho que vale colocar algumas questões, que ajudam a balizar as análises e também a entender (ou tentar entender) os números. Vamos lá:

- Em primeiro lugar, é salutar a aposta do jornal em trabalhar com pesquisas eleitorais/políticas. Parabéns. É um bom diferencial.

- Dito isso, pesquisa de intenção de voto a um ano do pleito vale para animar as rodinhas de conversa, calibrar as intenções de alguns candidatos e ferver outros núcleos políticos igual a alka-seltzer. É uma foto do momento, mas, neste caso, tirada através de uma teleobjetiva. Vale pelo registro. Mas é importante e sempre interessante ...

- O número de indecisos na pesquisa espontânea, 75%, mostra que a cabeça do eleitor está em outra órbita, não na eleição municipal. O foco do eleitor comum começa a se definir a 30 dias do pleito, dizem os especialistas, apesar do foco dos políticos estar  sempre mirando o Dia D. Mesmo assim, 75% de indecisos é de jogar areia em qualquer levantamento.

- Senti falta do Novo no levantamento. Independente do nome a ser lançado a prefeito, Agliberto Chagas ou Fabiano Moura, o partido deve ter peso nas eleições do ano que vem (pequeno, médio ou grande, só as urnas responderão). No frigir dos ovos, a um ano do pleito, a presença ou não do Novo não deve afetar muito o sobe-desce de potenciais candidatos. Mas, senti falta ...

- Para alguns, a eleição para prefeito de São José dos Campos em 2020 deve ser definida em segundo turno, em razão das regras da disputa, que forçarão uma pulverização de candidaturas. Não sei. Das cinco ultimas eleições nenhuma foi ao segundo turno. Mesmo com alteração das regras e a pulverização, forçar um segundo turno é um desafio para os candidatos e partidos. Um desafio democrático. Bem, se houver esse segundo tempo eleitoral, pela tradição e pelos números do levantamento Vale/Paraná Pesquisas, Felício Ramuth (PSDB) estará lá. A disputa, então, seria pela outra vaga. Quem, afinal, disputará um eventual segundo turno contra Felício? Se a eleição fosse hoje, a julgar pela pesquisa, a vaga seria de Renata Paiva (PSD).

Dito isso, vamos bater-lata nos números da pesquisa. 


Em drágeas, sem pressa, olhando aqui e ali. Quem concordar, ok. Quem discordar, é democrático. A regra continua uma só: divergir faz parte, xingar não. Xingar a mãe, então, é pênalti e cartão vermelho, sem direito a VAR ...


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