Deu chabu na eleição


Da sempre atenta newsletter "Meio", do jornalista Pedro Doria:
Uma das pesquisas mais aguardadas neste ciclo eleitoral, o Datafolha que foi a campo ontem para ser divulgado à noite indicou que Jair Bolsonaro não foi beneficiado eleitoralmente pela tentativa de assassinato. Oscilou para cima de 22 para 24%, dentro da margem de erro. Seu índice de rejeição, porém, aumentou. Foi de 39%, em 21 de agosto, para 43%.
A pesquisa também indica um novo vice-líder. Ciro Gomes saiu de 10 para 13%. Em terceiro vem Marina Silva, que perdeu muito de uma sondagem para a outra. Estava com 16, caiu para 11%. Em quarto, tendo subido um ponto, ficou o tucano Geraldo Alckmin, com 10%. E após galgar de 4 para 9%, chega em quinto Fernando Haddad. E assim fica o pelotão disputando o segundo turno: 13%, 11, 10 e 9. Embolou a eleição.
O Datafolha mediu algumas possibilidades de segundo turno. Marina, Alckmin, Ciro e Haddad venceriam Bolsonaro — mas, no caso do petista, por uma margem apertada de 1%. Os outros o fariam com folga. Bolsonaro, aliás, é o único candidato contra quem Haddad teria chances. Ele perderia para Alckmin e para Marina. Não foi medida sua força contra Ciro, cenário improvável de ocorrer. Ciro que, aliás, venceria de Marina com espaço e, de Alckmin, por quatro pontos. Alckmin em Marina estariam em empate técnico.
A noção de que o ataque não favoreceu Bolsonaro foi reforçada pela pesquisa Ibope, em São Paulo. No estado, o maior colégio eleitoral do país, ele está com 23% dos votos, um ponto a mais do que tinha em 20 de agosto.
De acordo com Lauro Jardim, Bolsonaro deve gravar vídeos hoje, no Hospital Albert Einstein.

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