Um porto nada seguro

O vereador Paulo Vieira (dir.)

Na volta do recesso, a Câmara de Cruzeiro arquivou o pedido de CEI para investigar o vereador Paulo Vieira (PR), protocolado por um munícipe, Ângelo Bertoldo.

Vereador mais votado da cidade em 2016, com 1.699 votos, Vieira ficou conhecido nacionalmente graças a seu  envolvimento na Operação Porto Seguro da Polícia Federal, lançada em 2012. Nela, a PF investigou um esquema que viabilizava a negociação de pareceres técnicos com a ajuda de servidores de diferentes esferas da República --e que envolveria a chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, amiga pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Então diretor da ANA (Agência Nacional das Águas), Vieira foi investigado, acabou afastado do cargo e, em maio de 2107, foi punido pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e pela CGU (Controladoria-Geral da União), por meio de sua demissão da ANA , acusado por receber vantagens indevidas e por improbidade administrativa. Ele sempre negou as acusações.

Com a punição da CGU, Vieira também foi proibido de retornar ao serviço público federal, ficando inelegível para qualquer cargo eletivo pelo prazo de oito anos. A inelegibilidade frustou uma possível candidatura de Vieira a deputado estadual pelo PR. Em seu lugar, lançou Patrícia Batistela.

Na noite de quarta-feira, um grupo de moradores protestou na Câmara de Cruzeiro, pedindo a renúncia de Vieira. Ele não se manifestou. Segundo a Câmara, a petição popular pedia a investigação de uma denúncia que nada tem a ver com o mandato de Vieira, citando um caso anterior a sua eleição e a sua posse no Legislativo.

E segue o baile ...


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