O Brasil volta às ruas


A execução de Marielle Franco pela ótica da sempre atenta newsletter "Meio", do jornalista Pedro Doria ...

A Polícia do Rio tem fortes indícios de que foi mesmo execuçãoa morte da vereadora carioca Marielle Franco. Os assassinos seguiram seu carro por um trajeto de 4 quilômetros até o ponto do crime. Dispararam com o automóvel ainda em movimento, vindo de trás, e continuaram quando os dois veículos emparelharam a dois metros um do outro. Possivelmente, um outro carro dava cobertura. Marielle levou três tiros e o motorista, Anderson Pedro Gomes, outros 4. Indícios coletados pela Inteligência sugerem que a morte ocorreu como reação à intervenção. À tarde, ainda ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pousou no Rio para ouvir detalhes do caso. Pela manhã, chegou a insinuar pedir que a investigação fosse passada à Polícia Federal. O ministro Raul Jungmann mencionou a mesma possibilidade. Por enquanto, porém, o caso segue responsabilidade da Polícia Civil do estado, que está sob pressão máxima. O secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, afirmou que os responsáveis têm de ser encontrados rapidamente

Na Piauí, José Roberto de Toledo conta os últimos momentos de Marielle Franco e também um quê de sua vida.

No Facebook: “Mataram minha mãe e mais 46 mil eleitores! Nós seremos resistência porque você foi luta! Te amo!”

Em nenhum dos estados os governos se arriscaram a dizer quantas pessoas foram às ruas em protesto contra o assassinato de Marielle Franco. No Rio, a multidão foi muito expressiva, na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal. Em São Paulo, professores em greve se juntaram ao grupo que protestava o crime, ocupando um trecho da Avenida Paulista. Como foi grande, também, a multidão que se concentrou na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Num repente, o Brasil tornou às ruas.

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