Lula na montanha-russa


O sobe-desce de Lula na bolsa de apostas do eleitor brasileiros, segundo a sempre atenta newsletter Meio, do jornalista Pedro Doria:

Segundo a nova rodada da pesquisa CNT/MDA, Lula teve uma queda. Dos 20,2% em setembro passou a 18,8% em fevereiro. Cenários sem Lula apontam para o pleito mais provável. Bolsonaro segue na frente, com 20%. Daí: Marina (12,8%), Alckmin (8,6%), Ciro (8,1%), Álvaro Dias (4%), Haddad (2,3%), Collor (2,1%), Manuela D'Ávila (1,3%), Temer (1,3%), Rodrigo Maia (0,8%). Brancos e nulos com 28,2% e, indecisos, 10,5%.

Da mesma pesquisa: 52,5% dos brasileiros acham que Lula deveria ser preso. E 43,3% consideram que o ex-presidente não deveria poder disputar a eleição.

Vera Magalhães: “Diante da pesquisa que mostra quase inalterada a impopularidade de Michel Temer mesmo depois da intervenção federal no Rio, a avaliação no Palácio do Planalto é de que a pauta da segurança foi solapada pela sucessão de reveses que o presidente sofreu no STF desde a semana passada.” (Estadão)

Alon Feuerwerker: “Por enquanto, o eleitor parece não estar nem aí. Não há movimentação substancial nas pesquisas de intenção de voto. Este ano, haverá disputa real entre dois discursos. Teremos finalmente candidatos de direita. Defenderão o capitalismo na economia, o conservadorismo moral e muita dureza contra o crime. Já encantam pelo menos uns 25% do eleitorado. Na esquerda, o discurso básico também está pronto. Será o de sempre: a humanização do capitalismo, a proteção do país contra ambições imperiais, as lutas identitárias, e políticas públicas para alternativas ao mercado do crime. Espera-se também a entrada dos vários matizes do centrismo. Terão o trunfo do apelo contra o radicalismo. Há algumas variáveis críticas a monitorar daqui até outubro. Em que proporção o eleitor cansado da política escolherá um candidato? Ou decidirá protestar não votando em ninguém? Em que medida um impedido Lula transferirá votos? O PSDB e o governo/MDB vão se juntar? Se sim, quando? Lipoaspirar Bolsonaro vai ser fácil ou difícil? Como estará a economia na hora da definição do voto? Lamento pelos ansiosos. Ainda é muito cedo para ter respostas. Você tem paciência para ver séries? Curte apreciar cada episódio ou assiste direto o último? Encare dessa maneira e o ano será mais leve e divertido. Até porque os episódios desta eleição não estão ainda todos disponíveis na rede.”

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