Acabou a brincadeira?

Paola Oliveira: conflito de tribos

Com todo respeito aos donos da terra, essa polêmica em torno de fantasia de índio no Carnaval é mais uma prova que o mundo está ficando chato.

Tudo bem, a artista indígena Katú Mirim discorda e acha que fantasia de índio é um ato ofensivo, tanto que lançou a campanha #ÍndioNãoéFantasia. É um direito dela. Ainda bem que vivemos em um país onde cada um pode falar o que quiser, manifestar sua opinião, ouvir e ser ouvido. Tempos atrás isso não era possível (e tem gente que tem saudade disso ...). Mas, venhamos e convenhamos, Carnaval é o tempo da distensão, do ponto fora da curva, da brincadeira, de soltar a franga ou qualquer outro bicho que a pessoa guarde dentro de si. Enfim, é tempo de irreverência. Se tudo isso for eclipsado em nome do politicamente correto, daqui a pouco o Carnaval já vai começar na Quarta-feira de Cinzas, é uma pena.

Olha, e eu nem gosto tanto assim de Carnaval ...
E, sem querer tratar de um tema complicado em um texto de 30 linhas, a questão indígena  no Brasil é bem mais complexa que um simples índio-quer-apito. Essa questão, sim, merece ser tratada a sério.  Muito mais a sério. E sério, com todo respeito, não é banir fantasia de araque da Folia, nem proibir filme de caubói na sessão da tarde ...

PS: Nessa briga entre tribos, sobrou para a atriz Paola Oliveira, vaiada por ter ido fantasiada de índia em um baile de Carnaval. Pior: Paola que criou uma crise internacional. Afinal, a fantasia dela foi inspirada nas vestes de guerra dos sioux, grupo indígena do centro-oeste norte-americano. Já pensou se o lobby indígena resolvesse pressionar Donald Trump para uma retaliação? Era caso de Trump querer romper relações diplomáticas e travar, com o Brasil, uma batalha de confetes ...

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