A Lei de Justo Veríssimo


Cabeça de vereador é uma maquininha de pensar maldade ...

Tem até uns que escapam, mas são exceções que, infelizmente, servem apenas para confirmar a regra, como diz o ditado.  Deixou vereador quieto, pode saber que lá vem bobagem. Para o contribuinte pagar a conta. O caso mais recente que comprova a teoria vem da Câmara de Taubaté, onde surgiu do nada, como que em um passe de mágica, um projeto criando o 13. salário para os vereadores da Casa. No começo, o projeto era de todos os 18 parlamentares. Bastou o caso ser revelado pelo jornal “O Vale”, em reportagem do editor-executivo Julio Codazzi, para que o projeto fosse de alguns e, logo em seguida, de muito poucos. Agora, em outro passe de mágica, o projeto, que chegou a ser lido em plenário na semana passada, ficou para ser apreciado em 2018.

E com duas alterações: passa a valer só para a legislatura, que começa em 2021, e inclui o pagamento do terço de férias aos vereadores.

O projeto tem como base julgamento do STF, que em fevereiro desse ano decidiu que prefeito, vice e vereadores têm direito ao 13º salário e ao pagamento do terço de férias. Em Taubaté, o projeto só foi apresentado após o Ministério Público contestar o reajuste de 4,08% que os vereadores tiveram nos salários em maio. Em novembro, a Câmara retornou os vencimentos ao patamar anterior. Os valores pagos irregularmente (R$ 40 mil) serão devolvidos a partir de janeiro. Tendo como base os salários atuais dos 18 vereadores (R$ 8.363,90) e do presidente da Casa (R$ 9.490,36), o 13º salário representaria gasto extra de R$ 160 mil. O terço de férias, R$ 53 mil.
Pagos, claro, pelo contribuinte. E segue o baile. Nem Justo Veríssimo faria melhor ...


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