Da mais pura felicidade ...
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Marina |
Ela tem cara de criança, mas é
pura enganação.
Culpa da genética.
Da mistura de gente que formou nossa família, como dizia a minha mãe, que chamava isso, brincando, de “male razza”. Uma mistura de italianos de pele escura, portugueses de trás-os-montes e indianos vindos de Goa.
Culpa da genética.
Da mistura de gente que formou nossa família, como dizia a minha mãe, que chamava isso, brincando, de “male razza”. Uma mistura de italianos de pele escura, portugueses de trás-os-montes e indianos vindos de Goa.
Brincadeiras à parte, ela tem
cara de criança e é dona do meu coração.
Ela é Marina, minha filha, que
faz aniversário neste 2 de setembro, uma das datas mais felizes do calendário
para mim. Mais velha de quatro filhos, ela faz meu coração bater acelerado
desde sempre, desde que a palavra “positivo” em um teste de gravidez revelou
sua presença na barriga da mãe. Era pouco mais que uma poeirinha de vida sobre a qual não sabíamos quase nada, mas já era alvo de amor infinito, incondicional. Minha vida, nossa vida, nunca mais seria a mesma. Não há dia em que não pense nela. Não há dia em que sua simples lembrança não faça brotar um sorriso largo na minha cara sisuda. A chave desse sorriso, poucas pessoas têm. Marina e seus irmãos, com certeza, têm. É assim, mesmo nos dias mais sombrios.
sua presença na barriga da mãe. Era pouco mais que uma poeirinha de vida sobre a qual não sabíamos quase nada, mas já era alvo de amor infinito, incondicional. Minha vida, nossa vida, nunca mais seria a mesma. Não há dia em que não pense nela. Não há dia em que sua simples lembrança não faça brotar um sorriso largo na minha cara sisuda. A chave desse sorriso, poucas pessoas têm. Marina e seus irmãos, com certeza, têm. É assim, mesmo nos dias mais sombrios.
O que posso fazer?
Sou, assumidamente, um pai coruja. Pior: sou um pai babão.
Sou, assumidamente, um pai coruja. Pior: sou um pai babão.
Já escrevi muito sobre Marina: que
nasceu com os olhos azuis, da cor do mar, razão de seu nome, Marina, olhos que,
por capricho, viraram castanhos com o tempo; que tinha um cobertor de
estimação, chamado de iaiá, que arrastava pela casa e até pela rua quando
pequena, lavado escondido para ela não chorar; que negociava aumento de mesada
para os irmãos com a verve de uma líder sindical; que, até hoje, é capaz de
unir a família em sua volta, faça chuva, faça sol. Rara unanimidade numa família de teimosos ...
Este ano, ganhei na loteria em
dose dupla.
Marina vai passar o aniversário
em casa. Vai chegar de mala e cuia, trazendo amigos, cachorro e papagaio,
entrando em minha vida como o sol num quintal, tal qual ensinam
os versos de Belchior. Será uma brisa suave numa tarde de verão, a água límpida que mata a sede, o aroma das flores. Na minha cara haverá, com certeza, um sorriso largo pela presença dela e de seus irmãos. E no canto dos olhos, deve surgir, mais certo ainda, bem escondida, uma lágrima. Discreta. Silenciosa. Da mais pura felicidade ...
os versos de Belchior. Será uma brisa suave numa tarde de verão, a água límpida que mata a sede, o aroma das flores. Na minha cara haverá, com certeza, um sorriso largo pela presença dela e de seus irmãos. E no canto dos olhos, deve surgir, mais certo ainda, bem escondida, uma lágrima. Discreta. Silenciosa. Da mais pura felicidade ...
Bom dia Hélcio. Diga a sua Marina que desejo a ela um Feliz Aniversário. Que Deus abençoe e proteja sempre a vida dela e que continue sempre sendo orgulho prá esse pai babão e coruja, que a ama infinitamente. Beijos Marina linda.
ResponderExcluirobrigado, Maria Célia
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