Para fazer angu sem caroço
Felício: que exemplo seguir? |
Tem
alguma coisa errada no jeito certo de fazer as coisas ...
Certo? Errado?
É mais uma sensação do que um diagnóstico, mas três processos licitatórios importantes, de outros tantos, abertos pelo governo Felício Ramuth (PSDB) sofreram revés ainda na largada.
O
primeiro revés abateu a licitação da Via Cambuí, obra orçada em R$ 140 milhões
e considera estratégica para o governo. O processo foi suspenso pelo TCE à
véspera da abertura dos envelopes. O governo manteve a calma, disse que a
decisão do TCE faz parte do jogo e prometeu retomar a licitação logo, logo. O
segundo revés também partiu do TCE, que suspendeu a licitação dos novos radares
para fiscalização do trânsito da cidade, estimada em R$ 10,7 milhões. O
terceiro, recente, atingiu licitação de R$ 3,5 milhões para a compra de
material escolar. Aberta pela Secretaria de Educação, a licitação morreu na
praia por ordem do secretário de Gestão Administrativa e Finanças, José de
Mello Corrêa. A explicação oficial: é preciso saber, antes, quantos alunos a
rede terá no ano que vem. Fica a pergunta: ninguém pensou nisso antes?
Pelo sim, pelo não, três grandes licitações bateram na trave.
Podem ser retomadas?
Claro. Mas, é fato, pipocaram a largada. Coincidência? Difícil ...
O governo Eduardo Cury (PSDB) viveu questão parecida, que começou pequena e
virou problemão, só resolvido com intervenção direta do prefeito. O fato: escolas,
creches, ruas eram abandonadas na metade por empreiteiras que alegavam
incompatibilidade entre edital e obra de fato. Começou aqui e ali, mas virou “epidemia”,
o que obrigou Cury a tomar duas ações: uma administrativa, mudando regras
internas para licitação de obras; outra política, mexendo no secretariado, para
tornar a gestão mais ágil. Depois disso, a coisa mudou. É certo que, ainda
assim, o governo Cury deixou um passivo de obras problemáticas, como o Teatro
Invertido, a Arena de Esportes e o Camelódromo da Praça do Sapo, erguido em
área particular. Mas Cury deixou o cargo com saldo positivo.
O mesmo desafio foi imposto a Carlinhos Almeida (PT).
Quando seu governo começou a tropeçar aqui e ali, ele recebeu diversos avisos de que era preciso mudar o rumo, corrigir rotas, pensar além, reexaminar procedimentos. Fez de conta de que não era como ele. Deu no que deu ...
Que exemplo seguirá Felício? Para mim, a escolha parece clara. E para você, leitor?
A máquina do governo é dinâmica, o que exige calibragens constantes, correções
de rotas. Por isso, é preciso estar sempre atento. Fica o alerta ...
Este texto foi publicado na edição deste final de semana do jornal "O Vale".
Esta é a versão integral dele
Creio que o maior problema dos governantes, no caso prefeitos,são as indicações politicas, o atendimento aos apoios recebidos para a eleição. Cargos preenchidos por pessoas incapacitadas para os mesmos, pessoas sem a devida experiência nas funções. O resultado é obvio,obras,licitações, serviços mal feitos. Um bom gestor deve escolher seus auxiliares pela competência e preparo, mas não é o que acontece.
ResponderExcluiré um ponto de vista.
ResponderExcluirobrigado pelo comentário