Patrulha ideológica?


O Meon publicou no último domingo que mais um integrante do MBL ganhou um cargo comissionado no governo Felício Ramuth (PSDB).

Foi o que bastou ...

Em sua página no Facebook, o MBL de São José dos Campos revidou.
Lembrou que o jornalista Max Ramon, hoje editor-chefe do Meon, ocupou cargo comissionado na Câmara de São José dos Campos durante a gestão Shakespeare Carvalho (PRB). De quebra, citou também Eduardo Pandeló, hoje na área comercial do Meon, que teve passagem pela TV Câmara, e os repórteres João Pedro Teles e Eliane Mendonça, que integraram a equipe da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São José dos Campos, durante o governo Carlinhos Almeida (PT). Tudo para costurar as citações com uma frase lapidar: o MBL – Movimento Brasil Livre São José dos Campos espera que relações estreitas como essas não comprometam a isenção e seriedade do Meon.

Não tenho procuração para defender ninguém, mas, para mim, soa estranho ...

Parece que o MBL está ressuscitando a velha patrulha ideológica em cima de alguns jornalistas. Olha, meus caros, a notícia do Meon é falsa? Ora, se for, cacete no Meon. A notícia é verdadeira? Bom, aí é enfiar a viola no saco e arcar com as consequências. Culpar jornalista por uma eventual má notícia é como culpar o narrador de futebol pela derrota do nosso time de coração. Vocês querem ficar bem na fita? É simples, gerem informações relevantes. Não concordaram com uma notícia? É direito de vocês. Discutam conteúdo, argumentem, marquem posição. Mas apelar? Entregar supostas relações de jornalistas com outras correntes políticas? Soa estranho.

É o que diz o ditado: não sabe brincar, não desce pro play ...

PS: Patrulha ideológica foi um termo cunhado no final dos anos 70 pelo cineasta Cacá Diegues para designar pessoas ou grupos que tentavam impor suas ideais aos outros por meio de protestos, intimidações, discussões etc. Ela existe em vários sabores: centro, esquerda e direita. Todos fazem mal à saúde ...

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