Briga de cachorro grande

Gilmar e Janot

Quatro pitacos sobre uma briga no andar de cima, sob a ótica de newsletter Meio, do jornalista Pedro Doria:

A declaração de guerra do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o ministro do STF Gilmar Mendes rendeu o primeiro contra-ataque. Letícia Monteiro de Barros, filha de Janot, é advogada da OAS e trabalha no acordo de delação premiada da Lava Jato. A informação foi divulgada ontem. A PGR afirma que Janot não participa das negociações e, portanto, isto não configuraria conflito de interesses.

O argumento de Gilmar Mendes é de que o escritório de Sergio Bermudes, do qual sua mulher é sócia, não representa o empresário Eike Batista em casos criminais. Mas O Antagonista descobriu pelo menos um caso no qual o advogado esteve presente perante juiz criminal, conforme registrado no processo. Perguntado, Bermudes confirmou que estava presente, mas não como advogado.

O ministro Marco Aurélio Mello se manifestou a respeito da briga. “É algo indesejável. Estou há 38 anos no Judiciário e nunca enfrentei uma exceção de suspeição, de impedimento de colega. É constrangedor e ruim para o Judiciário como um todo. Já estava uma situação delicada quanto ao deslocamento do habeas corpus do Palocci. Agora então. Vamos ver. Que eles fumem o cachimbo da paz.”

De Kennedy Alencar: “Há um vespeiro aí. Inúmeros ministros de tribunais superiores têm parentes atuando na advocacia. A acusação de Janot é grave, de que ela receberia honorário na causa de Eike, o que ela nega ter acontecido. É preciso cautela ao elevar o tom assim, sob pena de cometer injustiça.”

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