Três pitacos sobre "O Vale"

Capa de teste da edição de "O Vale" para Jacareí

Três perguntas para Fernando Salerno, diretor-presidente do jornal "O Vale", sobre o novo projeto gráfico e editorial a ser lançado amanhã pelo veículo.

O que representa essa mudança de "O Vale", que ocorrer a partir da edição deste final de semana?

O jornal muda para acompanhar seu tempo. Com a reforma, "O Vale" se ombreia aos principais jornais do mundo, como o "The Guardian", "El País", "Le Monde", que já circulam em um formato menor, o berliner, mais prático, de portabilidade mais fácil e de leitura mais fácil. Mas não é só. O formato não é um movimento único. Ele faz parte de uma reforma maior. "O Vale" vai fazer uma revolução em sua edição on-line, permitindo uma nova experiência ao leitor em cada reportagem, cada seção do jornal. E vai lançar um clube do assinante, cuja meta é aumentar a carteira de assinantes e fidelizar o leitor.

Qual das três reformas terá mais impacto?

As três terão um impacto muito grande, acredito. Mas, para o leitor, acho que o clube do assinante, o "Clube O VALE", terá um atrativo incomum. Ele vai oferecer descontos de até 50% para nossos assinantes em diversos programas e serviços, de cinemas a teatro, de escolas a restaurantes. Já temos mais de 60 estabelecimentos cadastrados no "Clube", que vai fornecer vantagens reais aos leitores. É uma aposta para fidelizarmos nosso leitor e depender menos das oscilações do mercado.

A mídia impressa tem prazo de validade?


Acredito na dimensão insubstituível da escrita. Se, eventualmente algum dia no futuro, talvez daqui a uma geração, a plataforma digital venha a substituir a impressa, é tranquilizador saber que vamos continuar chamando um grupo de pessoas que apura as informações de repórteres e um grupo que as edita de editores. Enfim, tanto faz o meio de transporte da informação. O importante é a saber classificar o que é falso e o que é verdade, fazer isso de forma rápida, didática e contextualizada.


E mais, em meio a essa profusão de informações falsas e inverídicas que circulam indiscriminadamente no universo digital, o jornalismo artesanal ou de qualidade tende a ser revalorizado. E as pessoas estão acordando para isso.

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