A Hora da Fundhas ...


O termo sucateamento não agrada o novo diretor da Fundhas ...

Usado pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de São José dos Campos, Marco César Vasconcelos de Souza, para falar sobre o desgaste sofrido pela Fundação Hélio Augusto de Souza durante o governo Carlinhos Almeida (PT), o termo sucateamento, embora seja quase preciso, põe em xeque os funcionários da instituição, que continuam a trabalhar na gestão Felício Ramuth (PSDB). Para isso, ao invés de sucateamento, Alessandro Peterson Silva Araújo de Jesus, novo diretor-presidente da Fundhas, prefere falar que a instituição sofreu nos últimos anos um esvaziamento, que pode ser revertido em 2017.

"Durante muito tempo, não houve um trabalho para manter as crianças e os adolescentes frequentando a Fundhas. Hoje, nosso maior problema é a frequência. De cada 100 jovens ligados à Fundhas, 60 a 70 estão, de fato, matriculados. Desses, só 60% frequentam as aulas", disse, em rápida conversa com o blog dois:pontos. "Temos que concentrar esforços para levar os jovens para dentro da Fudhas. E para convencer as famílias que a presença deles lá é importante", disse.
Segundo o diretor, 500 jovens já entraram na entidade este ano. Atualmente a instituição atende 3.500 jovens em situação de vulnerabilidade social.

A Fundhas vive um ano emblemático: no dia 28 de abril, a instituição completa 30 anos de história.

Criada como modelo de assistência a crianças e adolescentes em situação de risco, a Fundhas mudou ao longo dos tempos e com a mudança da própria legislação. A criação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por exemplo, forçou a entidade a mudar critérios e programas, alguns deles idealizados antes mesmo de sua criação oficial, ainda pelas mãos de Hélio Augusto de Souza, vice-prefeito e prefeito de São José dos Campos. Para Alessandro, 2017 é um ano fundamental, para recuperação da entidade, que pode atingir 2018 remodelada. "Esse é o desafio imposto pelo prefeito", disse.

Esse é um debate importante para São José dos Campos: a Fundhas tem um papel a representar hoje na cidade? Se tem, como dotá-la dos meios necessários para isso?

Comentários

Postagens mais visitadas