Vai entrar nos trilhos?
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) |
Para
anotar na agenda e cobrar de tempos em tempos: em visita hoje ao Vale do
Paraíba, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou um acordo para a
implantação do Trem Expresso Metropolitano.
O
projeto não tem prazo ainda para sair do papel.
O
Trem Expresso Metropolitano, ou Trem Regional, é um projeto antigo do Estado e
entrou na pauta do governo de São Paulo na mesma época em que o governo federal
lançou o projeto do Trem Bala, um trem de alta-velocidade que ligaria São Paulo
e Rio, com previsão de entrar em operação ainda antes da Copa de 2014. Como se
sabe, o Trem Bala, anunciado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para
alavancar a primeira candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, não saiu
do papel. O que não evitou uma estatal fosse criada para o projeto, a Empresa
de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav), com orçamento, diretoria e
quase 100 empregos diretos.
O
trem paulista terá sorte melhor?
Bem,
pelo sim, pelo não, o projeto do Trem Expresso Metropolitano é bom. Pelo menos
no papel. Trata-se de um trem expresso, com quatro vagões, com capacidade de
transportar 400 passageiros a uma velocidade de 70 km/h. E seria implantado por
braços: um primeiro, ligando Campinas a São Paulo, passando por Americana e
Jundiaí; depois, um segundo, ligando São Paulo ao Vale, chegando possivelmente até
Pindamonhangaba, somando 400 quilômetros de trilhos.
Segundo o tucano, o sistema
usará a faixa de domínio da antiga linha férrea Central do Brasil, que liga São
Paulo ao Rio de Janeiro, cruzando toda a região (a nova linha seria construída
ao lado da atual, acompanhando seu trajeto). “Hoje o secretário de Transportes
Metropolitanos [Clodoaldo Pelissioni] tratou desse assunto com o governo
federal e o resultado da reunião foi positivo”, disse Alckmin durante visita a
Taubaté, segundo relata o portal Meon.
A proposta do Estado é viabilizar
o novo trem por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada), com custo estimado
de R$ 18,5 bilhões. Deste total, o Estado entraria com R$ 4 bilhões e os outros
R$ 14,5 bilhões seriam custeados por investidores, que ganhariam a concessão do
sistema por 30 anos. Segundo o Estado, a obra do Trem
Regional poderá ajudar a desafogar a rodovia Presidente Dutra, principal via do
país, hoje saturada –especialmente na chegada à capital e entre Jacareí e
Taubaté.
Vira e mexe esse assunto volta. Bem, é para anotar na agenda e cobrar ...
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