Highlander e o PSDB


Só pode haver um? No cinema, sim
A nomeação de Maria Emília Cardoso pelo prefeito Felício Ramuth (PSDB), revelada pelo blog dois:pontos, continua repercutindo. Pudera: ela é uma sobrevivente. E tem um bom padrinho político, Alexandre da Farmácia (PP).

O assunto foi tema de reportagem do jornal "O Vale" e mereceu uma manifestação público do MBL (Movimento Brasil Livre) de São José dos Campos. Em nota no Facebook, o MBL foi crítico. Disse que Felício erra ao opar o troca-troca partidário e manter em cargo comissionado Maria Emília, indicação de Alexandre desde o governo Carlinhos. "Alexandre, ex-verador e deputado estadual, é condenado por improbidade administrativa e continua inelegível como ficha-suja", disse o MBL no post, completando: "Manter na máquina antigos aliados petistas é dormir com o inimigo."

Dois comentários.

Primeiro, Maria Emília teve seu primeiro cargo comissionado no governo Eduardo Cury (PSDB), quando foi indicada para a Fundhas. O cargo exigia qualificações que Maria Emília não tinha. Ela acabou se envolvendo em um caso de diploma falso, que rendeu um processo contra Cury.
Bem, em todo caso, Maria Emília começou sua trajetória em um governo do PSDB, foi mantida no governo do PT e agora ganha sobrevida com a volta do PSDB. A façanha é maior ...

Segundo, essa trajetória de sobrevivente garantiu a ela um apelido curioso: highlander, em alusão ao guerreiro imortal vivido por Christopher Lambert no cinema. Se bem que, no serviço público, não se aplica a máxima do filme: só pode haver um. Em se tratando de cargos de confiança ...


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