Uma carta ao coração

Um dedo de prosa antes da oficina de cartas ...

No último sábado, vivi uma experiência que mexeu comigo: participei da organização de um evento em São José dos Campos focado no trabalho de um dos meus filhos, Guilhermo. Confesso que meu coração bateu mais forte.

O evento reuniu crianças e adolescentes do projeto “Luzes da Ribalta”, desenvolvido por Deusdete Guimarães, em uma oficina de cartas, coordenada por Guilhermo, parte de uma ação desenvolvida por ele, batizada da “Cartas Perdidas”. Esse, “Cartas”, é um trabalho muito bonito. Após lançar dois livros anos atrás, entre eles, “Cartas Perdidas em um Mar de Palavras”, Guilhermo começou a deixar cartas com seus poemas em diversos lugares, em diversas cidades: da igreja de Santa Terezinha, em Taubaté, ao parque Vicentina Aranha, em São José dos Campos, passando por bancos de praça, rodoviárias, mercados, tantos e tantos lugares, tantas e tantas cartas. No início de 2019, essa ação virou um projeto social, com as cartas alcançando asilos, escolas, hospitais. É a palavra, a poesia, servindo de ponte entre as pessoas, de idosos a moradores de rua, de crianças a pacientes de hospitais. Ou, como propõe Guilhermo, que tal semearmos palavras de amor? Bem, essas cartas alcançaram sábado um grupo de crianças e adolescentes ligados ao “Luzes da Ribalta”, em um evento do Festival de Inverno do CAEB (Centro Ambiental Edoardo Bonetti), no bairro do Torrão de Ouro.


Assisti à apresentação do projeto, participei da oficina e do bate-papo com as crianças e adolescentes.

Tive, mais uma vez, orgulho imenso do meu filho (aliás, ele e seus irmãos são, cada um a seu modo, eterno motivo de orgulho para mim). Pela reação dos jovens, tive a certeza: por meio do seu trabalho, de sua poesia e de sua generosidade, Guilhermo faz diferença na vida de muita gente. Diferença para o bem. Histórias sobre isso não faltam. Mais: nessa época corrida, de distâncias, ele busca, por meio da palavra e da poesia, o contato pessoal, o diálogo, o carinho, para estreitar laços humanos. Nestes tempos frios, ele semeia o calor do afeto. Da atenção. Do olho no olho. Da sensibilidade. Semeia o amor. Já havia sentido isso outras vezes, mas, no sábado, essa sensação bateu forte: meu filho é meu herói. Um deles, pelo menos, capaz de amolecer meu coração duro pelo tempo. Se existe alguma esperança no mundo é porque existem pessoas como que buscam enxergar os outros como pessoas especiais, a quem vale dedicar seu tempo. Guilhermo faz isso.


Para ele, um beijo e minha bênção.

Comentários

  1. Parabéns Élcio!! Parabéns ao Guilhermo!! Mundo precisa de mais pessoas assim que.procuram olhar o ir do com maus mais carinho e atenção!!!👏👏👍

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  2. Nossa!! Saiu errado...kkk quero dizer ....mundo precisa de mais pessoas que olhem os outros com mais carinho e atenção

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