Tempo esgotado ...


Em conversa hoje logo cedo com um amigo dono de banca de jornais e revistas no centro de São José dos Campos, ouvi uma previsão catastrófica.

Será verdade?

Segundo ele, as bancas de jornais e revistas estão com seus dias contados e só resistem até a Copa de 2018. Razão: até lá, o mercado da bola, com seus álbuns de figurinhas e produtos paralelos, vai segurar a onda, surfando no Mundial da Rússia e na boa campanha que a seleção brasileira de futebol vem fazendo nas Eliminatórias da Copa. Depois, as previsões são ruins. Jornais? A venda continua em queda. Revistas? A coisa vai por aí também. Trata-se de um futuro complicado para um mercado que teve suas estruturas abaladas pelo universo on-line. Terá razão esse meu amigo?

O que você acha, caro leitor?
O fim dos jornais impressos, tantas vezes anunciado nos últimos tempos, está tão perto assim, logo ali na esquina?

Comentários

  1. Não acredito no fim das bancas, elas se reciclam e incorporam outros produtos e serviços. Além disso ainda tem muitas pessoas que gostam do papel em sua mãos. Ouço falar do fim do impresso,jornais, livros e revistas, desde 1977 quando a Telefônica lançou o vídeo texto.Talvez o mercado diminua, teremos menos bancas, mas não terminarão tão breve. É minha opinião.

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  2. Pois é, Hélcio... Tivemos a oportunidade de debater questões parecidas em relação ao rádio, que também sucumbiria com o advento da televisão e desta com o advento do cinema. A resposta mais ouvida é sobre a arte de se reinventar. Porém, por mais que mídia impressa se debata (aqui, no sentido de espernear mesmo) para sobreviver, como dar fôlego à escrita num país cuja população, em sua maioria, não tem o hábito de ler?

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  3. olha, Ferreira, a equação, a meu ver, é mais complicada.
    apesar do fator apontado por você, pesquisas mostram que nunca se leu tanto no país como hoje. ocorre que a informação hoje chega de graça ao leitor, por meio de tantas e tantas ferramentas virtuais. papel? pagar para ler? tudo isso está ficando coisa do tempo do onça ...

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  4. A crise nas bancas de jornais é antes da atual crise econômica e antes mesmo do advento da internet. Um jornaleiro me contou que havia um projeto antigo de se diminuir o número de bancas – estratégia de uma velha e conhecida distribuidora.
    Depois veio a internet e, agora, a maior editora do país não entrega mais títulos quando, numa semana, a banca não vende nenhum exemplar. Esse mesmo jornaleiro me informou que em São Paulo tinha cinco mil bancas de jornais, hoje menos de duas mil. Outros produtos vendidos, além de crédito em celular, tem ajudado a manter as portas das bancas abertas.
    Sou um leitor de jornal à moda antiga. Não gosto de ler notícias pelo computador – o meu negócio é ir à banca, comprar um, dois jornais (não é todo dia, confesso), ver capas de revistas, para ver se alguma me interessa. Atualmente poucas têm chamado a minha atenção. Como diz o jornalista e música Marcelo Monteiro, os assuntos são os mesmos!

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    Respostas

    1. incrível, Luiz, como os jornais estão todos iguais ...
      esse é um desafio paralelo: encontrar uma cara nova no meio dessa crise da indústria

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  5. Penso que ser irreversível, visto que bibliotecas são cada vez menos procuradas quando se tem a informação e formação na palma da mão. Tem também outro agravante para o fim da prática de ler em papel impresso, que é a cultura ecológica que vem aos poucos conscientizando a humanidade (graças a Deus). Prevejo que os livros e revistas logo serão como os discos de vinil, artigos de colecionadores.

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  6. vamos ver o que futuro nos reserva.
    valeu o comentário, Manuh

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