Tudo azul na Avibras
Depois da tempestade, céu de brigadeiro.
Sediada em São José dos Campos, a Avibras Aeroespacial consolida
a recuperação financeira e reporta lucro líquido de R$ 254,9 milhões em 2016, incluindo
a divisão naval. Trata-se de aumento de 62,9% comparado ao exercício anterior,
que registrou lucro de R$ 156,4 milhões.
Considerando-se apenas o setor aeroespacial, a principal área
de atuação da companhia, a Avibras encerrou 2016 com lucro líquido de R$ 235,9
milhões, 41,68% de crescimento ante 2015, que também fechou no azul: R$ 166,5
milhões.
É o quarto ano consecutivo com lucros positivos da
companhia, que passou por uma recuperação judicial em 2008, após quase falir.
Em 2012, a Avibras registrou prejuízo de R$ 32,7 milhões.
De lá para cá, apenas lucro: R$ 13,7 milhões em 2013, R$ 110
milhões no ano seguinte e R$ 166,5 milhões em 2015.
Em 2016, a companhia reportou investimentos de R$ 22,2
milhões, quase duas vezes maior do que no ano anterior (R$ 11,7 milhões) na
divisão aérea e naval.
A Avibras é considerada uma das empresas estratégicas do
setor nacional de defesa.
“Trata-se de um momento importante da história da Avibras,
que recupera as suas origens alçando voos para conquistar cada vez mais espaço
nos mercados nacional e internacional”, apontou João Brasil Carvalho Leite,
presidente da Avibras, em balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira
(5/4).
O documento revela que a receita líquida da empresa cresceu
27% em relação a 2015, passando de R$ 1,099 bilhão para R$ 1,390 bilhão.
Sozinha, a divisão aeroespacial obteve aumento de 25,72% na receita líquida: R$
1,344 bilhão em 2016 contra R$ 1,069 bilhão, no exercício anterior.
Novo blindado
O destaque da empresa em 2016 foi o protótipo da nova viatura
blindada leve sobre rodas Guará 4WS, apresentado nesta semana na feira internacional
LAAD Defence & Security 2017, no Rio de Janeiro.
Apelidado de “Hummer brasileiro”, em alusão ao quase mítico
jipe militar americano usado na Guerra do Golfo, o Guará foi todo produzido
pela Avibras e “preenche novos nichos de mercado com equipamento no limiar da
tecnologia”, nas palavras do presidente da empresa.
Outro destaque foi o contrato com o IAE (Instituto de
Aeronáutica e Espaço), sediado em São José, para a produção de motores S50
destinados a veículos lançadores de microssatélites, dos projetos VS-50 e
VLM-1.
No plano interno, a companhia adotou maior rigor no controle
de custos de investimentos e operacionais, criou o Comitê de Auditoria e Riscos
e deu início à implantação da norma internacional de gestão de qualidade
AS9100.
Segundo Leite, a norma irá validar “a capacidade da empresa
para atender aos requisitos e as necessidades de seus clientes”.
Além disso, a empresa irá divulgar em 2017, pela primeira
vez, o Relatório de Sustentabilidade da companhia, com os impactos positivos e
negativos.
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