Dinheiro no lixo?

Aterro da Urbam

A Rede Vanguarda abordou o assunto hoje: o lixo reciclável está sendo recolhido misturado ao lixo orgânico em São José dois Campos.

Para um município que teve uma das melhores coletas seletivas do país, isso é um retrocesso.

O problema foi gerado com o fim do contrato com a Cavo, empresa responsável pela coleta de lixo durante o governo Carlinhos Almeida (PT), substituída pela Sustentare. Com a troca, a coleta seletiva foi repassada pelo governo Felício Ramuth (PSDB) para a Urbam, com a meta de melhorar o serviço, que estava com problemas há algum tempo. Até aí, tudo bem. A decisão foi tratada pelo blog dois:pontos como positiva. O problema está no calendário: a troca de empresas Cavo-Sustentare foi sacramentada em 1 de março, mas a Urbam só vai conseguir retomar a coleta seletiva no final do mês. Resultado: o material reciclável está indo para o lixo ...

E não é pouca coisa. 

Nos tempos áureos da coleta seletiva na cidade eram recolhidas 50 toneladas de material reciclável por dia. Isso representa dinheiro, dinheiro extraído, literalmente, do lixo. Hoje, a prefeitura informa não ter números atualizados. "No tempo da Cavo, a situação estava fora do controle", explicou um assessor da prefeitura.

Claro, o governo vai alegar que está correndo atrás do prejuízo, tentando corrigir mais um problema herdado do governo Carlinhos Almeida (PT). Pode ser. Muita coisa se perdeu na gestão do PT. Mas fica a pergunta: se a Urbam não estava tão organizada assim para assumir, de bate-pronto, a coleta seletiva, que se buscasse uma solução-tampão. Em 30 dias, por exemplo, serão 1.500 toneladas de material reciclável jogadas fora ...

Além da perda física, há uma outra perda, esta didática, de cidadania, representada no risco de parte da população, mesmo que uma pequena parte, desaprender a separar o material reciclável em casa. A cidade investiu pesado ao longo de anos, no passado, para isso. Não dá para retroceder.



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