A Câmara do Didi Mocó


A cada dia que passa, a história da votação vapt-vupt da resolução 02/2017 fica pior.

Primeiro, o presidente da Câmara de São José dos Campos, Juvenil Silvério (PSDB), é flagrado pela TV Câmara atropelando o bom-senso e as regras da decência ao colocar em votação e aprovar, em dois minutos, a resolução que mexe com a estrutura da Casa. Depois, sob uma saraivada de críticas, a Câmara tenta desaprovar o que aprovou. Não deu certo. Depois, o intrépido João Paulo Sardinha mostrou que, apesar de haver apenas sete vereadores no plenário na hora da votação da resolução 02/2017, nos autos da sessão conta que a medida foi aprovada por unanimidade, com a anuência de parlamentares que não estavam lá. É a mais pura matemágica.
Agora, segundo o jornal "O Vale", Juvenil determinou o fim das votações relâmpago. De acordo com Juvenil, a partir de agora todo projeto vai cumprir os prazos previstos no regimento interno da Casa.

É o caso de lançar mão de um bordão famoso do comediante Renato Aragão, quando na pele do eterno Didi Mocó: cuma!?

Parece piada, mas não é. A solução para a crise que se abateu sobre a Câmara e, em especial, sobre a cabeça de seu presidente é simples: cumprir as regras. Essa decisão esbarra em uma pequena questão de lógica: quem descumpriu as regras que, agora, terão que ser cumpridas à risca? Ora bolas, o próprio Juvenil, como mostra tão bem a TV Câmara. Não precisa nem de tira-teima, nem da opinião do Arnaldo César Coelho, nem da ajuda dos universitário. As imagens da TV Câmara são claras: primeiro, o presidente da Casa atropela as regras internas e o bom-senso; pego com a mão da cumbuca, passa, agora, a defender, como tábua de salvação, as mesmas regras que atropelou.

É caso de passar a régua e começar tudo do zero, caro Juvenil.

Se a resolução 02/2017 não tinha nada de mais, agora é hora dela subir de vez o telhado e de Juvenil colocar as barbas de molho. Vai ser estudada uma reforma administrativa? Bem, esse é um assunto sério, complexo e polêmico. Tem que ser tratado com zelo pela coisa pública para a Câmara mão continuar a ser uma fabriqueta de marajás. Por isso, é melhor não deixar o serviço a cargo dos Trapalhões. Cuma!?



Comentários

  1. Dignamente,somos escravos e reféns ainda dá comédia OS TRAPALHÕES.
    Aduzimos ao fato a fraquíssima situação profissional que o conduziu,presidente Câmara e demais poucos presentes na ocasião.Mesmo em face a tantas ferramentas e internet 24h,insistem em manobrar como se fôssemos "nada".
    País não é sério,nunca foi e nunca será, estamos confinados a injustiça e a dissabores de pessoas sem juízo.
    Se não sabe como realizar uma tarefa dessas, melhor seria abrir mão do cargo. Mais bonito, mais elegante, pelo menos com quem teve seu voto confiado. Errar não é feio,persistir sabendo das consequências, pode sim tornar-se claro que o prefeito já escolhera e muito mal o seu chefe no Legislativo desde o princípio.

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