Vou de táxi. Ou de Uber?


Um ato, duas cenas

Cena 1

Dias atrás, o prefeito Felício Ramuth (PSDB) resolveu ir de táxi, com a família, a um restaurante na avenida 9 de Julho, área nobre de São José dos Campos. No caminho, ouviu do motorista uma longa lista de reclamações contra a atuação do Uber na cidade.

Chegando lá, pagou a corrida: R$ 35.

Tão logo o táxi saiu, o manobrista do restaurante, que observava a cena, confirmou com Felício o valor da corrida e não se conteve: "Prefeito, por quê o senhor não usa o Uber? Outro dia vim de casa pra cá, que é bem mais longe, e paguei R$ 8", disse. 

Para Felício, o Uber, com seu preço mais baixo, tem permitido o acesso ao sistema de muita gente que não utiliza com regularidade o serviço do táxi na cidade. A expectativa dele é que o sistema todo --táxi, Uber & afins-- encontre seu ponto de equilíbrio dentro de pouco tempo. Segundo o prefeito, o decreto, com a inclusão dos taxistas, conseguiu contemplar todas as partes envolvidas na questão.

Cena 2

Diálogo após a coletiva de imprensa da tarde de hoje, na qual o prefeito assinou o decreto regulamentando a atividade do Uber & afins na cidade:

- Prefeito, o senhor já usou Uber?
- Em São José dos Campos nunca usei. Mas a partir de hoje, com o decreto, vou poder usar, se houver necessidade. 





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