Uma lei anti-aspone
Existe um equívoco de lado a lado quando se debate a
ocupação de cargos de confiança por apadrinhados políticos na administração pública.
Entra prefeito, sai prefeito e isso não muda.
Quem entra corta um monte de cargos de confiança, sob a
argumentação de que eles eram ocupados por aspones. Mas, logo em seguida,
nomeia os seus aspones para o governo. Quem sai, esquece seu passivo e critica
as nomeações do sucessor.
Muitas vezes é um jogo de faz-de-conta onde só tem bobo: o cidadão.
É regra da política brasileira dividir os cargos de
confiança entre aliados.
Não digo que é certo, digo que é regra.
E como a política muda mais nuvens no céu em dia de ventania, alguns partidos perpetuam seus aspones entra governo, sai governo. É o caso dos highlanders de São José, como, por exemplo, Maria Emília Cardoso, apadrinhada por Alexandre da Farmácia (PP), cujo DNA está no governo Emanuel Fernandes (PSDB), mas sobreviveu a Eduardo Cury (PSDB), Carlinhos Almeida (PT) e está de volta com Felício Ramuth (PSDB).
Não digo que é certo, digo que é regra.
E como a política muda mais nuvens no céu em dia de ventania, alguns partidos perpetuam seus aspones entra governo, sai governo. É o caso dos highlanders de São José, como, por exemplo, Maria Emília Cardoso, apadrinhada por Alexandre da Farmácia (PP), cujo DNA está no governo Emanuel Fernandes (PSDB), mas sobreviveu a Eduardo Cury (PSDB), Carlinhos Almeida (PT) e está de volta com Felício Ramuth (PSDB).
Não adianta negar, o toma-cá, dá-lá é a regra, infelizmente.
A isso os políticos mais empolados dão o nome de governabilidade. Sei ...
A isso os políticos mais empolados dão o nome de governabilidade. Sei ...
Outro exemplo é o caso do ex-vereador Joffre Neto (PSB), que
acabou nomeado para comandar o Samu na região de Taubaté. Aliado de Ortiz Junior
(PSDB), não conseguiu se reeleger. Acabou ganhando um cargo de R$ 8.000. Joffre
fica bravo quando confrontado com a realidade, esbraveja, escrever rios de
palavras, aquela cena toda. Mas tudo isso só serve para atestar o óbvio: ele e
Ortiz seguiram a regra geral. Para azar de Joffre, a nomeação teve vida curta: dois dias depois, também por decreto, Ortiz revogou a nomeação do ex-vereador. Coisas da política ...
Os mais exaltados poderão lembrar que Ortiz, na campanha
eleitoral, acusou Pollyana Gama (PPS) de ter negociado cargos em um eventual
futuro para atrair o apoio do deputado estadual Afonso Lobato (PV). Verdade.
Mas só os ingênuos acreditaram que ele faria diferente no governo. Era jogo de
cena, faz-de-conta de campanha, passou ...
Digo tudo isso com um único propósito: você, leitor, que não
gosta do toma-lá, dá-cá, como eu, só tem um caminho a seguir, além de desnudar cada caso conhecido, é passar a cobrar
do político do plantão que a regra de nomeação dos aspones seja substituída
pela nomeação de funcionários de carreira, usando, com o parâmetro, o mérito de
cada um. Sim, a meritocracia é a arma contra os aspones. Mas duvido que seu (nosso)
apelo tenha eco. Faça um teste: coloque a questão para qualquer político que você conheça.
Já pensou que interessante: cargos de segundo ou terceiro escalão em
diante passarem a ser ocupados apenas por funcionários de carreira à nível municipal,
estadual e federal?
Olha, esse desafio já venceu prefeitos que considero
compromissados com a boa gestão pública, como, por exemplo, Emanuel Fernandes. E vai continuar vencendo. Só
com muita pressão, muita, muita, muita para mudar a regra do jogo. Esta é uma boa
pauta para o pessoal do Observatório Social: que tal um projeto de iniciativa
popular propondo a meritocracia na ocupação dos cargos de confiança? Eu assino.
Tem muita gente boa no funcionalismo público. Quem mais assina?
👏👏
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ResponderExcluirobrigado
Funcionários públicos efetivos, considerada a qualificação técnica especializada como um dos parâmetros para o mérito. Lembrando que o Estatuto do Funcionalismo, se cumprido à risca, prevê boa parte da meritocracia. Falta, tão somente, e como sempre, VONTADE POLÍTICA E EXCELENTE Administrador e Gestor de Recursos Humanos, que o Serviço Público ainda relega a terceiro plano...
ResponderExcluiressa vontade política faz uma diferença danada
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