Para o alto e avante

Mano: São José cada vez mais São José

As caixas na mesa mostram que a mudança ainda está em curso. Uma mesa de centro acaba de ser trazida no porta-malas de um funcionário.

A Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico está de casa nova.

Ela acaba de mudar de mala e cuia para o Parque Tecnológico de São José dos Campos, a jóia da coroa do governo Eduardo Cury (PSDB), colocado em segundo plano na gestão Carlinhos Almeida (PT), a ponto de perder até seu nome. A homenagem a Riugi Kojima (PSB), vice-prefeito de Emanuel Fernandes (PSDB) e Cury, foi colocada de escanteio pelo PT. E o Parque andou de lado ...

Hoje, o Parque está nas prioridades do governo Felício Ramuth (PSDB).

O sinal disso é a mudança para lá da antiga Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que agora ganhou nomenclatura nova.
Ali, a tarefa de Aberto Mano Marques é planejar os caminhos para a São José dos Campos do futuro, a médio e longo prazos. Se vamos chegar lá, é outra históri.

Ele trabalha em três frentes.

 A primeira é um inventário da indústria instalada na cidade. Para isso, ele tem acompanhado Felício em uma série de visitas às principais empresas de São José para saber o que elas pensam, o que estão planejando. “O cenário é positivo”, diz Mano Marques. “Muita coisa boa está sendo planejada por aí”, assegura.

(Aqui é necessário abrir um parênteses: muitos investimentos em São José são discutidos tendo como pano de fundo o Sindicato dos Metalúrgicos, controlado pelo PSTU, classificado como avesso a novos projetos e algoz de diversos projetos da GM para a planta da cidade. Na campanha, Felício lançou a ideia de reduzir o peso do Sindicato nesta equação. Para Mano, não se trata de confrontar a entidade, mas sim de criar uma outra visão da cidade, focada na atração de investimentos e na criação de novos postos de trabalho. Fecha parênteses)

A segunda é costurar o papel de São José dentro do mapa logístico do Estado, transformando a cidade em um “hub”, unindo as empresas (exportadoras ou não) e escoando sua produção ou recebendo matéria-prima por meio do porto de São Sebastião, graças à duplicação da Rodovia dos Tamoios, ou pelo Aeroporto de São José dos Campos, que passaria, enfim, a funcionar como um Aeroporto Indústria.
Para isso, é importante o desembaraço das cargas no terminal e a criação de uma infra-estrutura que mantenha o aeroporto operacional.

(Aqui é importante abrir outro parênteses. O projeto de São José operar como um posto de armazenagem de carga, a ser escoada por avião ou navio, faz parte dos planos do governador Geraldo Alckmin há anos. Será que agora sai? Fecha parênteses)

A terceira frente de Mano Marques atente pelo nome de inovação, a nova alcunha de sua pasta. Esta em suas mãos fazer a tecnologia romper muros e ocupar espaço no dia-a-dia do cidadão.  Vai dar certo? É um desafio.
Outro é desafio no quesito inovação é transformar São José em um berço de novas empresas e novas idéias. Um caminho está no projeto Start-Up São José, um espaço para atrair gente com idéias inovadoras de todo o pais para cidade, abrindo um espaço para start-ups no Parque da Cidade, na Casa do Café. “É um espaço para criar”, diz Mano Marques. “É preciso pensar avante.”

Mas Felício quer mais.
Espera de Mano uma nova lei de incentivos fiscais e uma Lei de Inovação, capaz de atrair empresas de tecnologia para dentro da Prefeitura de São José.

Para uma SDE que não tinha nem orçamento no governo Carlinhos Almeida (PT), como dizia o ex-secretário Sebastião Cavalli, parece muito. Mas é preciso pensar avante, com os pés no presente e os olhos no futuro. São José não pode pensar pequeno. Os primeiros passos estão sendo dados ...




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