Maré baixa na economia

Desemprego, um fantasma em 2017 (Brasilspot)

Uma notícia hoje no "Estadão" é preocupante: segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a cada três desempregados do mundo em 2017 um será brasileiro.

Mais um fato ruim em uma crise que parece não ter fim.

O jornalista Pedro Dória, da newsletter Meio, coloca o assunto em pauta hoje. "Economia não é ciência exata --diz ele. A do Brasil, parou. A inflação disparou. Uns acreditam que a inflação precisa ser controlada antes de tudo, pois ela destrói o dinheiro. Para controlar, é importante tirar dinheiro de circulação. Juros altos fazem isso. Mas também freiam ainda mais a atividade econômica. Outros acreditam que a inflação é um problema menor – o importante é produzir atividade econômica. Não se trata de tirar dinheiro do mercado, mas fazer com que o Estado injete mais, produzindo emprego e renda, mesmo que correndo o risco de desvalorizar a moeda. O debate está posto."

Dória elenca três jornalistas, bam-bam-bans em economia, para palpitar sobre esse dilema, como crescer? As opiniões são interessantes e divergentes:


Míriam Leitão: Houve um momento assustador, em 2015, quando o Brasil estava em recessão e a inflação subia em dois dígitos. O governo Dilma errou ao aumentar as despesas quando as receitas já caíam. Apostou que conseguiria crescimento se ignorasse a inflação. Aumentou a inflação e derrubou ainda mais a economia. (Globo)

José Paulo Kupfer: É uma ilusão acreditar que austeridade fiscal, aliada à queda de juros, necessariamente leve a crescimento. Na Europa e no Japão, os juros são negativos e a economia continua claudicante. Os efeitos dos juros demoram a refletir na economia. Os canais de crédito estão obstruídos pelo desemprego. E, embora existam problemas fiscais, a solução não é apenas fiscal. (Globo)

Cida Damasco: Para o brasileiro comum, a queda na Selic vale pouco. Apesar de duas derrubadas consecutivas de 0,25% da taxa, o juro de empréstimo para pessoas físicas permaneceu em 42,7% ao ano em novembro e, o do cartão de crédito, não cai dos 480% ao ano. Os bancos dizem não se sentir seguros para diminuir os juros que contam na vida do cidadão típico. (Estadão)


Qual o caminho?


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