A Lava Jato na marca do pênalti
Equipes de resgate na área do acidente |
Acidente, sabotagem ou
uma grande trapaça da sorte, como disse o ministro Luis Roberto Barroso, colega
de Teori Zavascki no STF?
Dá para cravar em
alguma?
Investigações
rigorosas, feitas sobre a pressão da opinião pública, se seguirão, com certeza,
à queda do avião Beechcraft C90GT, prefixo PR-SOM, na tarde de hoje, no litoral
de Paraty, que levava o ministro Teori Zavascki para a chamada Costa Verde do
Rio de Janeiro. De uma forma ou de outra, a morte trágica do ministro, aos 68
anos, coloca a análise da Lava Jato na marca do pênalti no STF. Teori cuidava
do caso com retidão exemplar e dedicação. Voltou mais cedo das férias para
retomar a análise do caso.
Estava prevista para
fevereiro a homologação, por ele, dos acordos feitos pelos executivos da
Odebrecht. Investigadores da Lava-Jato esperavam que Teori suspendesse o sigilo
de mais de 900 depoimentos tão logo das homologações fossem retiradas. Para
eles, isso seria nitroglicerina pura.
Tudo isso lança sobre
a tragédia de hoje um manto de suspeita.
A família relata ameaças feitas a Teori. Um delegado da Lava-Jato questiona acidente e pede apuração rigorosa. Aqui e ali pipocam suspeitas sobre o quer ocorreu hoje à tarde em Paraty, durante chuva intensa. De certo, sua morte atrasa a análise e decisão sobre as delações da Odebrecht e transforma a Lava Jato em um enigma no STF: quem será o ministro escalado para substituir Teori?
A família relata ameaças feitas a Teori. Um delegado da Lava-Jato questiona acidente e pede apuração rigorosa. Aqui e ali pipocam suspeitas sobre o quer ocorreu hoje à tarde em Paraty, durante chuva intensa. De certo, sua morte atrasa a análise e decisão sobre as delações da Odebrecht e transforma a Lava Jato em um enigma no STF: quem será o ministro escalado para substituir Teori?
A maior e mais profunda
investigação sobre corrupção no país, e uma das maiores do mundo, passa, agora,
a outra esfera: a da dúvida.
E isso pode ser nocivo
para a temperatura política do país.
Tomara que as investigações sejam rigorosas e desvendem, sem deixar frestas, as causas da queda do avião. E tomara que as autoridades responsáveis pela condução desse período delicado da história da República tenham a honradez e o discernimento necessários para manter a Lava Jato no prumo, doa a quem doer.
Tomara que as investigações sejam rigorosas e desvendem, sem deixar frestas, as causas da queda do avião. E tomara que as autoridades responsáveis pela condução desse período delicado da história da República tenham a honradez e o discernimento necessários para manter a Lava Jato no prumo, doa a quem doer.
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